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3 dias após a sua lua de mel, ela foi enterrada por seus pais! E eles tiveram que esconder a verdade por 30 anos!

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Fonte: Reprodução/Google

O que significa ter sorte? Para muitos significa realizar todos os seus sonhos e ter uma vida sem ter que se preocupar com nada. No entanto, para a protagonista da nossa história, ter sorte é ser um sobrevivente de um acidente de avião …
Há 35 anos, uma grande tragédia ocorreu na Rússia, onde morreram várias dezenas de vidas inocentes. Na época parentes das vítimas foram ordenados a permanecer em silêncio e não revelarem nada sobre as causas e consequências deste incidente fatal …. No entanto, o que ninguém tinha em mente, é que houve um sobrevivente. A testemunha, que tinha visto absolutamente tudo e, hoje, não tem nenhum problema em dizer toda a verdade.

Em 1981, o casal recém-casado Vladimir e Larisa Savitskaya, estavam voltando para casa após a lua de mel. Eles tinham apenas 20 anos de idade e uma vida inteira pela frente. Eles estavam cheios de alegria e expectativas sobre o futuro, esperando construir uma vida em família, onde seriam muito mais do que felizes. Infelizmente, este não era o destino deles …

Antes do acidente, muitas pessoas pareciam sentir o perigo, ou seja, tiveram a sensação de que algo iria dar errado. Por esta razão, muitos mudam seus planos no último minuto. Larisa teve esse pressentimento e queria ir um dia mais tarde, porém, infelizmente, não havia bilhetes para o dia 25 de agosto e tiveram que ir naquele dia terrível …

Em 24 de agosto, o casal embarcou no voo 811. O desembarque ocorreu no aeroporto de Komsomolsk -on-Amur. Era agosto de 1981, as 02:56 da tarde o avião 811 decolou, deixando os sonhos de Vladimir e Larisa no chão, afinal, eles não estavam destinados a serem cumpridos…

A bordo do avião haviam assentos vazios. Os assentos dos cônjuges estavam localizados na parte central do avião. Apesar disso, os recém-casados escolheram os assentos na parte traseira. Quando o avião decolou, Larisa adormeceu …
A uma altitude de 5220 metros, um avião militar bombardeiro Tu-16 se chocou contra o avião com 38 passageiros a bordo. O avião militar estava indo a uma velocidade que não lhes deu tempo de reagir, o desastre era iminente … A maioria dos passageiros morreu na hora.

No momento do desastre, Larisa Savitskaya estava dormindo em sua cadeira na parte traseira do avião. Como resultado do choque, ela terminou a um metro de sua cadeira. “Eu acordei com um impacto forte e um frio repentino. Com o impacto, perdemos o telhado e as asas. Houve gritos. Quando me virei para meu marido, eu vi que ele estava morto. Naquele momento, eu sabia que eu ia morrer. Deixei-o e começei a me preparar para a morte.”

Em seguida, veio à mente de Larisa uma cena de um filme americano, em que uma menina estava segurando o assento e com ele desceu de encontro à selva. “Ela desceu no ar sentada no assento do avião e em seguida caiu sobre as árvores na selva. Assim, eu decidi me manter firme em meu lugar, para suavizar o impacto da queda.” – disse Larisa.

O acidente durou oito minutos. Durante este curto período de tempo, a vida inteira passou diante dos olhos de Larisa como um filme … tinha medo da dor e da morte lenta. A mulher caiu juntamente com as peças do avião, esperando a morte a qualquer momento. De repente, apareceu uma fileira de árvores, ela estava prestes a colidir com o solo… o chão estava próximo. Larisa perdeu a consciência …

A colisão fatal foi evitada por uma floresta de bétula, que submergiu a parte de trás do avião. As partes restantes foram espalhadas ao longo de um quilômetro de distância. Os corpos dos outros passageiros ficaram pendurados em árvores e espalhados longe da cena do acidente. Mas isso, Larisa só percebeu muito mais tarde.

Ela abriu os olhos, viu que sobreviveu e estava na floresta de Taiga, onde não havia uma única alma viva. E à direita em frente a ela, estava seu marido … ele estava sentado em sua cadeira, com os olhos fechados e seu rosto ensanguentado. Vladimir Savitskaya morreu no ar. E naquele momento, parecia que ele queria apenas uma coisa, que ela vivesse. “Quando abri os olhos, a primeira coisa que vi foi o corpo de meu marido, a cerca de 4 metros de mim … era como se ele olhasse para mim uma última vez. Como se dissesse adeus.”

Nos próximos dois dias, Larisa lembrou a heroína do filme que se tornou para ela uma espécie de guia para a sobrevivência. E talvez ela tenha salvo sua vida.

A mulher tinha múltiplas fraturas e lesões na coluna vertebral, mas após o acidente e antes do resgate encontrá-la, estava em um estado de choque tão forte que nem mesmo sentia a dor.

A mulher passou dois dias na floresta siberiana, a procura de ajuda e quanto mais as horas passavam, mais suas esperanças de ser salva diminuíam… felizmente, no terceiro dia ela encontrou os membros da equipe de resgate. Os homens não podiam acreditar que a mulher era uma passageira que sobreviveu ao acidente.

“É incrível, mas assim que eu vi a equipe de resgate, eu não podia andar. Eu relaxei. Então eu descobri que minha família tinha cavado uma cova para mim. Eles haviam publicado uma lista com os nomes dos passageiros que estavam no avião e suas famílias tinham sido informadas.” – disse Larisa.
O trágico acidente das duas aeronaves foi imediatamente encobertado pelo serviço secreto russo, os parentes das vítimas foram forçados a permanecer em silêncio, tirando o direito de lembrar e homenagear seus entes queridos.

A causa do desastre foi uma colisão com um avião militar. “Eu acho que o exército foi o culpado. Eles não percebem que um avião de passageiros estava voando na mesma rota”, comenta Larissa.

Larisa, é a única sobrevivente dessa terrível tragédia e teve que lidar com várias lesões. Depois do acidente, ela permaneceu no hospital por seis semanas. Foi um trauma com o qual ela lidaria por vários anos… no entanto, a deficiência adquirida no acidente nunca foi visível para qualquer pessoa…

Alguns anos mais tarde, Larisa deu à luz a um filho. Ela foi capaz de começar sua vida novamente.

A memória do seu falecido marido a forçou olhar para a frente. Já as fotos tiradas anos após o acidente ainda tornam difícil de acreditar que esta mulher no auge de sua vida, teve que passar por tal inferno.
“Agora, todos os anos em 24 de agosto eu celebro meu segundo aniversário. Eu ainda sinto que parte de mim ficou no avião e nunca aterrissará.”

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